O processo urbanístico apresenta estreita relação com o espaço e
o tempo, onde suas características e nuances adquirem novos significados a cada momento temporal e espacial. Nesta dinâmica, Pellegrin
(1999) inclui o indivíduo e a sociedade como um todo, que diante do
tempo dialoga com esse espaço, estabelecendo além da interação uma
apropriação do mesmo. A autora ainda discorre que:
Trava-se, pois, um diálogo entre seres humanos e
espaços, através da História, impregnado de valores
sócioculturais. A relação que se estabelece entre ser
humano e espaço caracteriza-se por uma movimentação constante, algo assim como uma discussão infinita, onde permeiam os valores e os momentos de
uma determinada sociedade.
Nessa perspectiva, os espaços utilizados, na comunidade, adquirem, para seus moradores, um significado próprio, revelando o sentimento de luta e conquista presente nos integrantes do bairro Malvinas.
Para Rechia (2003, p.14), a existência dos espaços públicos depende
do significado que a comunidade lhe concede, o qual “muitas vezes
está relacionado com as formas de apropriação e o uso no plano da
vida cotidiana, gerados ao longo do tempo, tornando-se referencial
para o lugar”.
Esse referencial delineia a forma como os moradores do bairro
em foco agem em busca de seus ideais coletivos reivindicando seus
direitos. Tal postura tornou-se motivo de orgulho e identidade para
os moradores das Malvinas, o que fica bem representado nos spectos
simbólicos1
de sua bandeira (Imagem 1) criada a partir de um concurso realizado nas escolas da comunidade, e na letra de seu hino, que
existe desde 1987, com um trecho destacado a seguir:
O surgimento da comunidade Malvinas O antigo Conjunto Álvaro Gaudêncio, hoje denominado bairro das Malvinas, é uma das comunidades mais populosas de Campina Grande, que segundo IBGE (2020) apresenta um número superior a 80 mil habitantes. Uma história de luta, de organização popular e, sobretudo de uma consciência do sagrado direito de habitar com dignidade”,
sexta-feira, 26 de julho de 2024
Mercado público das Malvinas conheça um pouco da história de nossa comunidade ...
O surgimento da comunidade Malvinas
O antigo Conjunto Álvaro Gaudêncio, hoje denominado bairro das
Malvinas, é uma das comunidades mais populosas de Campina Grande, que segundo IBGE (2020) apresenta um número superior a 80 mil
habitantes. Localiza-se na zona oeste do município, e faz fronteira com
as comunidades Dinamérica, Tambor e Ramadinha.
O modo como o bairro nasceu e a forma como se deu seu crescimento é um importante fator a ser localizado para o entendimento e a
identificação dos problemas sociais e estruturais encontrados hoje no
bairro Malvinas, bem como a relação que a comunidade tem com o lazer e o convívio social. O lazer apresenta como um de seus promotores
o processo de urbanização estando intimamente relacionados, onde
sua inclusão na observação da dinâmica cultural da sociedade precisa ser parâmetro para sua análise (BRUHNS, 1997). Reforçando essa
discussão apresentada pela autora, Almeida (2008, p. 23) afirma que
“a urbanização é um dos elementos chave para compreender o lazer.
O lazer tem um amplo desenvolvimento na urbanização, absorvendo
elementos da cultura, das artes e das relações sociais”.
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As Malvinas é o bairro mais populoso de Campina Grande. Sua população é superior a 80 mil moradores, número semelhante à população de cidades como Guarabira, Souza, Cajazeira, Bayeux e, pequenas ilhas e países do Caribe.
O Bairro divide-se por zonas populacionais, Dinamérica, Novo Cruzeiro, Conj. Mariz, Conj. Humberto Lucena, Cinza, Conj. Rocha Cavalcanti, Co...

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